Presidida pelo deputado Antônio Moraes (PP), a Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) visitou nesta quinta (28/10) a cidade de Barra de Guabiraba, um dos municípios do Agreste Central que vem sendo atingido gravemente pela praga do inseto conhecido como “mosca de estábulo”, provocando grandes prejuízos à agropecuária da região.
A visita contou com as presenças de representantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado (Adagro), do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e de produtores rurais locais.
O objetivo foi constatar de perto a gravidade da infestação do inseto que, segundo especialistas, está de fato relacionada ao uso indevido do adubo conhecido como “cama de frango”, material usado para forrar pisos de granjas que mistura palha e esterco. As chuvas e o clima da região também contribuem para agravar o problema que tinge vários municípios do Agreste Central e pode estabelecer no território uma “área de exclusão”.
Relatos indicam infestação da “mosca de estábulo” nas cidades de Bonito, Sairé, São Joaquim do Monte, Barra de Guabiraba, Gravatá e Camocim de São Félix, todos no Agreste Central. Também foram registrados casos em Cortês, Palmares, Amaraji, Joaquim Nabuco e Ribeirão, localizados na Mata Sul.
“Vamos procurar o governador Paulo Câmara e marcar outra audiência pública com a Adagro, o IPA e a Universidade Rural. Temos informações de que nos Estados Unidos já há produtos que conseguem diminuir essa infestação. Precisamos de uma solução. Já são três meses de agravamento maior da infestação”, alertou o deputado Antônio Moraes.
Segundo o parlamentar, “é possível que tenhamos que fazer aqui uma área de exclusão com a participação permanente de órgãos como o CIPOMA (unidade de policiamento ostensivo da PM que visa preservar o meio ambiente), da Adagro e da CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente), para que as pessoas cumpram as normais sanitárias e possamos ter uma convivência pacífica na região”, disse Moraes.
O problema da praga da “mosca de estábulo” foi tema de uma audiência pública na Alepe, realizada em setembro deste ano, proposta pelo deputado Antônio Moraes. Na ocasião, uma das sugestões apontadas pelos especialistas participantes do debate foi a distribuição de uma cartilha para divulgar o emprego correto do esterco de aviários. Outra medida foi a atuação do setor de Educação Ambiental da CPRH nas localidades afetadas.
Para o deputado Antônio Moraes, medidas de orientação são insuficientes e a gravidade do problema exige também “repressão” amparada por mudanças na legislação.
Fonte e Créditos: Diário de Pernambuco
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