Gefferson de Moura Gomes tinha 31 anos (Foto: Reprodução/TV Correio) (Foto: RCI FM 98 )
Foram presos nesta terça-feira (23) um delegado, um agente de investigação da Polícia Civil e um policial militar, todos de Sergipe, suspeitos na morte do empresário Gerfferson de Moura, de 32 anos. Ele foi morto durante uma ação da polícia sergipana na Paraíba no dia 16 de março.
A Polícia Civil da Paraíba representou pela decretação da prisão temporária da equipe de policiais sergipanos. O pedido foi atendido pelo Ministério Público e Poder Judiciário da Paraíba, que decretou a prisão da equipe de agentes públicos de Sergipe. Os três foram presos em Aracaju (SE) pela Polícia Civil do mesmo estado.
O caso
Segundo os primeiros relatos dos policiais sergipanos, a equipe estava em território paraibano para cumprir mandados de prisão expedidos contra um grupo que atua no roubo de cargas em Sergipe e que estava escondido na Paraíba. No entanto, segundo a versão dos policiais sergipanos, durante a ação, eles se depararam com um veículo que estaria em atitude suspeita e com o condutor supostamente armado com uma pistola. Teria havido uma reação e os policiais atingiram o motorista, que ainda foi socorrido com vida, mas morreu em seguida.
Investigações
No entanto, as informações não foram confirmadas pelas investigações. O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da cidade de Patos (PB). Os trabalhos estão sob a coordenação dos delegados Sylvio Rabello e Glauber Fontes.
De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, segundo as investigações, houve fraude processual e execução da vítima.
“Os policiais apresentaram uma arma de fogo, afirmando que ela pertencia à vítima, mas rastreamos a origem e descobrimos que ela pertence a um policial militar de Sergipe e que não havia nenhuma queixa de roubo ou furto. O exame realizado no corpo da vítima mostrou que ela sofreu sete disparos de arma de fogo. E foi socorrida já sem vida ao hospital”, afirmou o delegado.
“Em virtude de as investigações mostrarem condutas muito graves praticadas pelos servidores públicos e da presença de fortes indícios das autorias e materialidade dos crimes praticados, a Polícia Civil da Paraíba representou pela prisão temporária dos envolvidos, para garantir a tranquilidade necessária para a conclusão das investigações”, acrescentou Rabelo.
Os três agentes públicos ficarão custodiados na sede da Polícia Civil em Aracaju. Uma equipe de policiais civis da Paraíba irá até o local para realizar interrogatórios e demais ações necessárias. “As investigações ainda não foram concluídas. Os trabalhos estão em continuidade. A Polícia Civil da Paraíba está trabalhando de maneira técnica e imparcial”, destacou o delegado.
Portal Correio
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