(Foto: RCI FM 98 )
Mariana Peirano, 40, advogada, conta como enfrentou um câncer em meio à pandemia. Segundo ela, muitas pessoas acabaram tendo de enfrentar um agravamento da doença porque postergaram as consultas ao médico.
Como foi que a sra. descobriu que precisava se tratar?
Eu descobri no dia 15 de outubro. Fiz logo todos os procedimentos, os exames, para definir como estava a doença. A cirurgia foi em 5 de novembro. Bem rápido. Claro que no hospital a gente via ali a tenda da covid e, claro, isso causa um impacto. Havia muito movimento, o hospital estava cheio. Isso dava certo receio. Mas sempre me senti muito segura com os cuidados do hospital. Até no momento da cirurgia. Claro, você se arrisca um pouco, está frágil.
E agora, como está?
Eu converso com o pessoal lá e vejo que as pessoas estão desmarcando as consultas. Muita gente está com medo. E talvez deixando passar alguma coisa que até é mais perigosa do que a própria covid.
Qual a recomendação a sra. daria para as pessoas?
Não adiem. Procurem o médico. Eu, por exemplo, estou com meu pai, que tem 73 anos, com covid. Ele ficou 30 dias intubado, agora está no quarto. Com uma recuperação bem lenta. Eu já estava afastada dele por causa da minha quimioterapia. A minha mãe também teve, pegou dele, mas ela não precisou ser internada. É uma situação delicada. Eu, com o tratamento oncológico, não pude auxiliá-los de maneira mais profunda. Mas eu não pararia o tratamento. Eu convivi lá com pessoas na químio que sentiram o nódulo no seio e ficaram com medo de fazer o exame. Quando foram fazer, descobriram que já estavam com metástase. Vamos lembrar que é uma doença que meses podem fazer diferença.
Há casos que precisam de diagnóstico rápido, não é?
Exatamente. Há vários casos nos quais isso aconteceu. A pessoa não procurou atendimento. Quando foi, viu que havia agravamento de um jeito que poderia ter sido evitado se tivesse os exames de rotina.
É um impacto lateral, indireto da covid, na saúde das pessoas.
É isso. E olha que as pessoas, às vezes, não têm medo de ir ao supermercado, mas têm medo de ir ao hospital, que está tomando as medidas de cuidados. E agora, logo depois do carnaval, quando houve um aumento de casos, o hospital esvaziou. É esse medo. Mas elas não têm medo de ir ao super, à praia. A minha terapia é semanal. Vou começar a rádio daqui a pouco. E eu te digo que me sinto muito segura lá. Eu estou curada. Estou fazendo tratamento preventivo. Talvez se eu tivesse esperado um pouco mais não teria a sorte que eu tive. A covid vai passar. E a gente tem de pensar também nas outras doenças.
Fonte e Créditos: Estadão
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