O medicamento é feito com a combinação de 2 anticorpos sintéticos, o banlanivimabe e etesevimabe, para criação de uma versão de anticorpo duplo que, segundo estudos, tem maior capacidade de proteção. Os anticorpos utilizados são monoclonais, ou seja, são projetados em laboratórios. Eles são fabricados para que apresentem uma capacidade específica, a neutralização do coronavírus.
A combinação de 2 anticorpos também é, supostamente, uma forma de enfrentar as variantes do coronavírus. A ideia é que a capacidade de proteção seja aumentada, o que faz com que o combate a cepas mais resistentes do vírus seja mais fácil para o corpo humano.
O medicamento da Eli Lilly ainda é experimental e os estudos de fase 3, que garantem a eficácia e segurança, ainda não terminaram. Mas, os resultados preliminares indicam que o medicamento consegue reduzir as hospitalizações e mortes por covid-19 em até 70%.
Nos EUA, o tratamento não pode ser utilizado em pacientes internados nem em quem precisa fazer uso de oxigênio. A recomendação é para que o medicamento seja administrado a pacientes que apresentam um quadro clínico ou doenças prévias que indicam uma possível piora.
TRATAMENTOS COM ANTICORPOS
Medicamentos que manipulam e fazem uso da ação natural de anticorpos são comuns em tratamentos de doenças como o câncer. Para o enfrentamento à covid-19, diversos estudos com esse tipo de tecnologia estão sendo realizados no exterior.
Nos Estados Unidos, desde novembro do ano passado, a FDA autorizou 2 tratamentos diferentes, um da empresa Regeneron –o mesmo utilizado pelo então presidente Donald Trump quando ele teve a doença– e outro, da Eli Lilly.
Fonte: Poder 360
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