Foi o caso de Julia, de apenas dois anos, que estava passeando pelo Alto da Sé fantasiada, com uma sombrinha de frevo e acompanhada pelos pais. A mãe, Janaína Monteiro, de 34 anos, disse que a movimentação no local estava tranquila e que resolveu tirar a manhã do domingo para passear com a filha e com o marido, Cleviton Monteiro, de 36 anos.
A Ladeira da Misericórdia, que era palco e trajeto certo para as tradicionais agremiações carnavalescas, encontrava-se vazia e silenciosa. O movimento de pedestres na região era pouco, apenas alguns ciclistas subiam a ladeira. Não muito distante dali, nos Quatro Cantos, o cenário não era diferente, sem registro de blocos ou dos tradicionais desfiles dos bonecos gigantes - o local era ponto de encontro de troças carnavalescas e de blocos.
"Estamos indo para o Alto da Sé e em seguida vamos ao Recife, almoçar no Mercado da Boa Vista para completarmos o nosso carnaval de hoje", disse Renato Sérgio, de 59 anos. O folião resolveu aproveitar a cidade mesmo sem o carnaval com um grupo de amigas. "Ontem foi aquele vazio dentro de nós, que o Galo da Madrugada deixou. Mas todas essas medidas foram necessárias, ainda penso que estão muito abertas", comentou o folião.
O grupo de amigos concordou que as medidas restritivas e o cancelamento do carnaval 2021 foi justo. "Precisamos de mais fiscalizações na rua para evitar aglomerações e todos devem ter consciência do próximo", disse Maria de Fátima, de 60 anos.
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Foto: Paulo Paiva /DP |
Na praia de Bairro Novo, em Olinda, na altura da Praça do Quartel, o cenário era diferente algumas pessoas estavam aproveitando o dia para tomar banho de mar. Na ocasião, não houve registro de aglomerações como nos últimos feriadões a movimentação era tranquila no local. No calçadão, poucas pessoas praticavam exercício físico. Já na faixa de areia, algumas pessoa aproveitavam para jogar vôlei.